quinta-feira, 20 de maio de 2010

ASSOCIAÇÃO AMANARI
ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL
PARA QUE O FUTURO SEJA REGADO PELAS ÁGUAS DAS CHUVAS
CULTURA – MEIO AMBIENTE – ECOLOGIA - CIDADANIA
Rua Benedito Gonçalves dos Santos, 106 – 12.281-390 - Vila São João – Tel. (12) 3652-6537 – Caçapava/SP
http://coisasdalma.vila.bol.com.br
O SILENCIO DOS POLÍTICOS DIANTE DA ESCALADA DA DESTRUIÇÃO

Cada célula, a volitar pelo espaço, representa uma presença viva. Quando praticam a união, formam seres, dão formas as coisas, estabelecem um padrão vibracional, pulsante, aquecido pelo princípio universal do amor incondicional. A vida não depende da raça humana. A raça humana é dependente da vida. No jogo do existir, os homens são os mais terríveis predadores. Assassinos em potencial. Cada indústria poluente representa um gesto exterminador de células. O ar que respiramos é um cenário de partículas nocivas a saúde. Rios e oceanos são canais de esgoto e lixo. Animais são extintos como tribos de índios. O desrespeito e a ambição aliaram-se em nome da destruição. O bom senso não estabelece parâmetros e é pisoteado pelo capitalismo selvagem. Minha insistência em tentar conscientizar empresários, vereadores, prefeitos, governadores, deputados,senadores e presidentes, arrasta-se por décadas, sem que mudanças sejam reveladoras e cheias de esperanças. O continuísmo, o comodismo, os conluios, os acordos indecorosos, dentro do espírito de sustentabilidade de um regime caótico e destuidor, promove a cegueira, a surdez, gerados pela conivência e conveniência.  A palavra de ordem é o progresso a qualquer custo. Hidrelétricas. Usinas Nucleares. Condomínios. Mansões erguidas em santuários ecológicos. Indústrias poluentes. Em minha querida Caçapava não é diferente. Fábricas vomitam seus gases tóxicos no ar, sufocando moradores que não se cansam de reclamar e pedir providências dos órgãos públicos. Esgotos residenciais desfilam pelas avenidas e ruas. Fossas vazam em bairros importantes e populosos. Matas são substituídas por loteamentos e há proprietários de terras que recebem privilégios. Quantos defendem a vida? Quantos engordam seus cofres com a destruição de mananciais, matas, animais silvestres e nascentes d´água? Que silêncio covarde e insano é esse? Não estou preocupado em ser simpático as causas do mal...quero continuar a defender a vida, em todos os seus segmentos, ainda que o Poder Público seja indiferente aos meus apelos. O tempo mostrará...ainda que a tempo, não seja mais possível um tempo para a restauração da Sagrada Mãe Natureza.

CARLOS ROBERTO VENTURA
Presidente Interino

quinta-feira, 3 de setembro de 2009


A idéia desse espaço foi partilhar com amigos e pessoas que caminham para uma amizade confessa, sentirem que a alma humana permite mudanças, aceita o convite para o amor incondicional, onde tudo e todos sentam-se em uma roda divina de intenções e propostas na busca da interação cósmica entre todos os seres. Desejo apenas contribuir para que todas as almas sejam iluminadas pela força do amor. Acredito nas pessoas. Sempre acreditarei.

SOLIDÃO

Ontem, sentei-me no banco da solidão que às vezes me visita. Não sei se isso acontece com outras pessoas. O que sei é que ela chega e nem pede licença. Vai se apoderando da gente e toma conta do corpo e da alma. Não reclamo. Ela tem me inspirado bastante para encontrar um jeito de fazer minhas reflexões produzirem mudanças. Sua tolerância é implacável. Manifesta-se na mais louca das diretrizes libertinas e chega ao extremo de tocar as estrelas do firmamento. Aquieto-me na tentativa de não atropelar o momento em êxtase. Ela ancora-se fartamente na minha permissividade de homem. Avança pelas entranhas e chega ao âmago da complexidade espiritual que alimenta minha inteligência. O cérebro. Vem para contabilizar os devaneios, as ações, as omissões, os medos, as certezas, as profanas manias de construir convergências na estrada da vida. Essa solidão é companheira. Nada exige a não ser uma hospedagem temporária no meu íntimo. Sempre deixo que ela se aqueça naquilo que sou. Que leve um pouco do que tenho sem cobranças. Sei que ela amadurece o dia e rejuvenesce a noite. Será sempre boa enquanto visitante. Não a desejo como moradora vitalícia dessa morada que guardo para a alegria. Minha alma precisa sentir o brilho das estrelas, o calor do sol, a brisa da manhã, o canto dos pássaros e as vozes que a sociedade ejacula em seus gozos terrenos. Isso é vida. Pulsação. Não gosto da solidão que enclausura. Ela é uma rota de fuga para as pessoas. Há desafios que devem ser vencidos no dia a dia. A maior de todas as virtudes é conviver com os ataques violentos de uma sociedade insana e rebatê-los com a docilidade de anjos. Solidão que me reforma. Modifica. Estrutura-me. Habilita-me. Ela não confere diplomas nem certificados que possam ser emoldurados para nossa vaidade. Na universidade da vida, a solidão é compositora de uma ária dissonante, tocada a quatro mãos com as pessoas que amamos. Quando nos abandona, deixa marcas que são tatuadas na alma e se estenderão pela eternidade. A interiorização, a reflexão, são aliadas dessa solidão que se objetiva a lançar-me na direção de mim mesmo para expandir-me pelo cosmo. Ontem, sentei-me no banco da solidão que às vezes me visita. Não sei se isso acontece com outras pessoas.

Ainda é possível...

Não chore todo seu choro...não grite todo seu grito...não se prenda a correntes...não pule no abismo...no dia em que você nasceu uma estrela também foi colocada delicadamente no céu...estamos em perfeita simbiose com a cosmologia divina...no céu..na terra..na água...no fogo existe uma centelha que doamos como criaturas e participantes do universo. Seu espírito brilhará pela eternidade desde quando a vida iniciou-se...fazemos parte de um labirinto de mistérios...insondáveis...irreveláveis...na manutenção do respeito à criação...(Carlos R.Ventura)